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SEMINÁRIO “FLOR ESTAN FERNANDES”

  • Publicado: Quarta, 16 de Junho de 2021, 15h17
  • Última atualização em Quarta, 16 de Junho de 2021, 15h27

SEMINÁRIO “FLOR ESTAN FERNANDES”

 

 

ATUALIDADE E A URGÊNCIA DE FLORESTAN FERNANDES: aprendizados para o Serviço Social

 

 

Precisamos visitar nossas velhas paixões,

não me refiro apenas às pessoas, amigos também são paixões,

os livros, poemas, lugares, abraços, pequenos fragmentos de bondade[1].

(Mauro Iasi, 2017).

 

O filósofo italiano Ítalo Calvino (1993), ensina que uma obra clássica é aquela que transcende ao tempo. É importante ler a clássica porque ela nos ajuda a compreender quem somos nós, de onde viemos e as projeções de futuro, principalmente, sob o domínio de um modo de produção, em que a linha do tempo se elucida pela destruição. Dentre a(o)s autoras(es) e clássica(o)s das ciências sociais, no Brasil está o Professor Florestan Fernandes, uma das nossas velhas paixões, que em 22 de  julho de 2020 completou 100 anos de nascimento. Consagrado como Patrono das ciências sociais, no Brasil essa data foi instituída por lei em âmbito federal, como o “Dia do(a) Cientista Social” (SOARES; COSTA; MUSTZENBER, 2020).

A preocupação de Florestan Fernandes em refletir sobre a particularidade do capitalismo no Brasil, principalmente por meio da sua obra “A Revolução Burguesa no Brasil” (1975), sob a perspectiva dos “de baixo” e seu pensamento insurgente, expresso nas palavras de Toledo (2020) como “socialista radical”, serviu de cimento para a formação, pesquisa e trabalho profissional da(o) assistente social brasileiro a partir de 1979, com o conhecido “Congresso da Virada”.

A ruptura com a influência sociológica Durkheimiana ou com o Serviço Social tradicional (NETTO, 1986), se faz no âmbito da formação e, por conseguinte, do emergente exercício da pesquisa tendo como pressuposto teórico-metodológico que, o trabalho da(o) assistente social deriva da totalidade do processo de produção e reprodução social da sociedade estruturada pelas relações sociais capitalistas.

Tal opção, inserida no Código de Ética da profissão, em 1993, na lei de regulamentação da profissão do mesmo ano e, no Projeto Ético Político (PEP), aprovado em 1996, tem se fortalecido ao longo dos anos, a despeito do acirramento das contradições, como a conjuntura atual, que investe em desinformação contra a formação, em deseducação contra a educação como valor universal e emancipatório, ideologizando a ciência a partir dos preceitos da ideologia burguesa e reacionária.

Essas elucidações de retrocesso impõem a necessidade de ler e reler as contribuições teórico-metodológicas e ético-políticas do socialista radical. A produção acumulada que tem o Serviço Social como uma profissão inserida na divisão social, sexual e racial do trabalho, se referencia no legado marxista de Florestan Fernandes, e de um dos seus principais alunos e parceiro na disseminação da relevância do materialismo histórico e dialético na re-interpretação da formação social, política e cultural do Brasil: o Professor Octávio Ianni.

O Grupo de Estudos e Pesquisas “Trabalho, Estado e Sociedade na Amazônia” (GEP-TESA), ligado ao Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS) da Universidade Federal do Pará (UFPA), na elaboração de sua agenda de atividades para 2020, previa a realização de um seminário em celebração ao centenário de Florestan Fernandes, atividade inviabilizada devido a condições sanitárias que se vive há mais de um ano por conta da Covid-19.

Nesse sentido, redefiniu-se o evento para 2021. A proposta do presente seminário é contribuir na re-atualização da obra de Florestan Fernandes para decifrar os enigmas/ideologias que explicam a aparente imutabilidade das relações sociais, no Brasil e na Amazônia; possibilitar a(o)s aluna(o)s  de Serviço Social, bem como a categoria profissional da(o)s assistentes sociais a urgência da leitura da produção fernandiana, na elaboração de competências teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa na formação e no trabalho da(o)s discentes e profissionais, conforme as orientações da legislação, aprovadas pelo Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS).

O Seminário será organizada a partir de 04 (quatro) Mesas Redondas, constituídas por docentes pesquisadoras/es e discentes de Serviço Social e de outras áreas das ciências humanas e sociais.

Acompanhe a programação abaixo:

 

 

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